Vamos voltar no tempo? Na Península Ibérica os povos Iberos que habitavam a região possuíam uma língua e uma religião própria, mas com o passar do tempo os povos Iberos se miscigenaram com os povos Celtas, dando origem aos Celtiberos.
Enquanto os Celtiberos viviam tranquilamente, a leste da região, o Império Romano crescia e conquistava novos lugares, pois tinha como objetivo se transformar em um império maior. Nessa expansão chegaram ao território habitado pelos povos Celtiberos e imediatamente dominaram a região, pois os Celtiberos não tinham um exército. Assim, o Império Romano impôs sua cultura, sua religião e por extensão a língua romana.
Qual língua os romanos falavam?
Eles falavam Latim. É importante mencionar, que a origem da língua portuguesa é do Latim Vulgar, ou seja, é herança da língua falada. Nesse momento da história da língua é possível identificar a miscigenação das línguas Iberos, Celtas e uma base grande do Latim.
Ainda, na região do Império Romano havia quatro reinos: Navarro, Leão, Costela e Aragão. Reinos que se dividiram e dois deles deram origem ao que conhecemos como o Condado Portucalense. Nessa época evoluiu tanto a estrutura da língua portuguesa que nós tínhamos uma forma bem antiquada do português que se chamava: galego português.
Quando surge o Castelhano
Algo incrível vai acontecer nesse momento. Depois da cisão dos reinos nós tivemos uma especialização das línguas e nesse momento surgirá o Castelhano, no Reino de Castela e se diferencia do português no Condado Portucalense. (Considerando que era um português arcaico).
Atenção! As miscigenações não param por aqui. O império português expandiu e novas miscigenações ocorreram, como por exemplo: a incursão de novos vocábulos de origem árabe na língua portuguesa, (almofada, azeitona) e a incursão de vocábulos franceses (bufê, capô, crachá)
Ainda, com a chegada dos Portugueses a língua portuguesa começa a ser transportada para o Brasil e passa a se misturar com os dialetos indígenas, em especial com o Tupi, e de línguas africanas, como as Bantu.
A língua é viva e sempre vai se transformar. A partir de tanta miscigenação nossa língua é tão rica, tão sonora.